Com a idade, nossos cães, assim como nós, começam a sentir os efeitos do tempo em seu corpo. Um dos problemas mais comuns e impactantes na qualidade de vida dos cães idosos é o enfraquecimento da musculatura extensora, muitas vezes devido a alterações miofasciais. Mas o que isso significa na prática? Significa que aqueles músculos responsáveis por esticar as patas, levantar o corpo e manter a postura começam a perder força e eficiência.
Por que a musculatura extensora enfraquece com a idade?

O envelhecimento canino traz consigo uma série de mudanças. A alteração miofascial refere-se a problemas nos músculos e na fáscia (o tecido conjuntivo que envolve os músculos). Com o tempo, essa fáscia pode se tornar mais rígida e os músculos menos flexíveis, afetando diretamente a capacidade de extensão.
Além disso, os membros pélvicos (patas traseiras) são frequentemente mais afetados. Isso se deve a fatores como a cápsula muscular, que pode se tornar mais densa, o encurtamento muscular passivo (onde os músculos perdem seu comprimento normal de repouso) e a diminuição da elasticidade dos tecidos. Tudo isso contribui para a dificuldade em se levantar, subir escadas e manter a estabilidade.
Prevenção é a chave: comece cedo!

A boa notícia é que podemos agir preventivamente! Exercícios de força e resistência a partir dos 7 anos são altamente indicados como tratamento preventivo para cães geriátricos. O objetivo é manter a massa muscular e a funcionalidade antes que o declínio seja significativo.
Que tipo de exercício?

Exercícios de estabilidade: Trabalham o equilíbrio e a propriocepção, ajudando o cão a ter mais controle sobre o próprio corpo. Pense em pranchas de equilíbrio ou exercícios em superfícies instáveis.
Exercícios de balanço: Incentivam o cão a usar os músculos estabilizadores, melhorando a coordenação e a força. Isso pode ser feito com movimentos lentos e controlados.
A Fisiatria como aliada no envelhecimento

Quando o enfraquecimento muscular já está presente, a fisiatria veterinária se torna uma ferramenta indispensável. Em uma sessão de fisiatria, o foco é a recuperação e manutenção da função. As técnicas incluem:
Mobilização passiva: O terapeuta movimenta as articulações do cão para manter a amplitude de movimento e lubrificar as articulações.
Alongamento ativo: Incentiva o cão a esticar os membros voluntariamente, aumentando a flexibilidade.
Estímulo cognitivo: Exercícios que desafiam a mente do cão também podem melhorar a coordenação e a consciência corporal.
Exercícios isométricos: Onde o músculo contrai sem que haUm ponto muitas vezes esquecido, mas crucial para a qualidade de vida do cão idoso, é a musculatura respiratória. A caixa torácica não possui articulações diretas com a coluna vertebral na mesma forma que os membros, mas a respiração depende fortemente dos músculos escalenos (no pescoço) e dos músculos abdominais.
Não esqueça da respiração!

Com o envelhecimento, esses músculos também podem enfraquecer, dificultando a respiração e impactando a capacidade do cão de se exercitar e ter uma vida ativa. Por isso, trabalhar esses músculos através de exercícios específicos que promovam uma respiração mais profunda e eficiente é fundamental.
Cuidar da musculatura dos nossos cães idosos é um investimento em sua qualidade de vida. Com prevenção, exercícios adequados e o suporte da fisiatria, podemos garantir que eles desfrutem de seus anos dourados com mais conforto e mobilidade. Seu pet merece envelhecer com dignidade e alegria!
Seu cão já passou dos 7 anos? Que tipo de exercícios você tem feito para mantê-lo ativo e saudável? Compartilhe sua experiência nos comentários!ja movimento da articulação, fortalecendo a musculatura sem estressar as articulações.





